terça-feira, 28 de junho de 2011

Conversa de livros no FB

Estava falando de livros no FB da Luíza Estima agora e lembrei da conversa com a Cláudia Laitano na gravação do "Café TVCOM" no Le Monde Villa Lina. Comentávamos que muita gente se queixa de que não há bons autores hoje em dia, mas acho que é a síndrome que nos fala o Woody Allen, em "Meia-noite em Paris", de sempre achar que um tempo passado foi melhor. Temos, sim, excelentes autores contemporâneos. Semana retrasada terminei "O 11o mandamento", do indiano Abraham Verghese, e é um big romance. A Cláudia recomendou no programa "Liberdade", do Jonathan Franzen. Comprei o livro anterior dele, "Correções" e começo a ler depois da Aghata Christie, "O homem do terno marrom", uma delícia. Gosto de ir intercalando os de hoje e os de ontem. Semana passada fui de Simenon, "A casa do canal", muito, muito bom, e "O anatomista", que o Faraco me indicou, um livrinho estupendo, do argentino Federico Andahazi, nascido em 1963. E o que dizer do Le Carré, que continua em grande forma? Li recentemente o seu último livro "O homem mais procurado", que segue no fio condutor de "O jardineiro fiel", denúncia com uma delicadeza sem par. E o Ian McEwan? "Solar" com seu anti-herói Prêmio Nobel é divertidíssimo e ferino. E o Mia Couto? E o outro africano, Coetzee? A Cláudia, tempos atrás, indicou dele "Desonra", fantástico. São livros que a gente devora, de autores que nos falam com mestria do nosso tempo, das nossas mazelas, dores e angústias. Outro dia li uma matéria sobre a nova geração dos autores portugueses e fiquei louca pra já comprar. Só discordo que não tenhamos contemporâneos à altura no Brasil: acho o Milton Hatoum excelente. Gostei muito do "Leite derramado" do Chico Buarque; dos nossos gaúchos adoro a Monique Revillion e o Rafael Bán Jacobsen. Enfim, a lista é grande, afortunadamente, temos muito pra ler dos autores de hoje e de ontem.